sábado, 3 de julho de 2010


a paz emudeceu

 

 

 

massacre, diz um israelense; genocídio, diz o arabista.

meu poema, estupefato, busca a palavra que não existe

para dizer do fim que não haverá

 

entre ataques e intifadas [1] a questão vai além da terra;

no silêncio mundial falam as eleições

 

o ceticismo salta entre pesares e pensares

 

calam-se a cumplicidade, a dignidade, a esperança

: a paz emudeceu num momento sem boa-vontade.


sonia regina



[1] levante em árabe

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