Outonal
Cai uma folha no poente destes dias
O que era nítido torna-se difuso
Babel renasce em cinzas de um deserto próprio
E o vento busca em vão uma harmonia
A solidão é em mim um oásis às avessas
Lutando em vão contra a miragem certa
O que era nítido torna-se difuso
Babel renasce em cinzas de um deserto próprio
E o vento busca em vão uma harmonia
A solidão é em mim um oásis às avessas
Lutando em vão contra a miragem certa
Amélia Pais
Amélia,
ResponderExcluirEste poema é de uma delicadeza impar, trata a solidão com mãos de afagos.Guardei por anos e anos,sempre relendo e sempre me encantando .
Bjs, anamerij
Uma solidão outonal cantando ao desafio e é Babel... às avessas, um belo poema nasce no papel? Belo, beijos.
ResponderExcluirObrigada, amigos.Aqui é verão...faz 40º...
ResponderExcluirE já que é verão aqui, ai vai um outro antigo poema:
ResponderExcluirVerão
O que há de novo na tarde
Verdadeiramente tarde
Verdadeiramente terna
É este gosto novo de cantar
É esta fome absurda de verão
Amélia Pais
Se a Elane Tomich me convidou, quem sou eu para deixar de dizer que seu poema é maravilhoso!!!!
ResponderExcluirSerei mais um seguidor seu....
Beijão do ZC
...penso que 'traduziste' algo de muito pessoal, que está na vida de muitos seres; diria que jamais 'senti' tão bem algo de mim como nestas palavras.
ResponderExcluirAve, Amélia, que teu poema é de estarrecer...
meu beijo,
El
Cante, Amélia, pois nos delírios de suas frases brotarão, em todas as estações do ano, novos poemas. Belos poemas.
ResponderExcluirAbraços piauienses