domingo, 23 de maio de 2010

Lílian Maial


LUAS, PEDRAS E OCEANOS





Eu ciclo, como as fases dessa lua,

E sangro, como o peito do poeta.

No sonho que sonhei, pra sempre tua,

Fui noite, fui estrela, fui a pedra.



Nos mares dos teus olhos de oceano,

Profundos, anciãos, aterradores,

Meus olhos fugidios, sem engano,

encalham na paixão dos teus humores.



Meu peito abarca os golpes dos punhais

E canta as tuas rochas e os teus troncos,

Emaranhados versos, qual serpentes.



Meu colo é desenhado por teus ais,

Arqueja por teu toque, aos solavancos,

E ainda guarda as marcas dos teus dentes.


Lílian Maial

2 comentários:

  1. Querida Nana,

    Obrigada por todo esse carinho.
    Uma honra estar aqui com tantos poetas de peso!
    Beijo,
    Maial

    ResponderExcluir
  2. Lilian querida,
    A honra é da Esquina da Palvra, por contar com você, e sua especial escritura.
    Para sua palavra, sempre há-braços.
    Beijos, nanamerij

    ResponderExcluir