domingo, 23 de maio de 2010

Belvedere Bruno

A porta



[Homenagem a Fausto Rodrigues Valle]

A porta fechou. 
Inesperadamente. 

Ficou um cheiro de jasmim,
e a lembrança suave das palavras
sempre tecidas em ternuras...

No porta-retrato, aquela alegria serena. 

Tudo permanece
como num quadro de memória.
_ Só ele não está mais aqui._


Belvedere Bruno

2 comentários:

  1. Na verdade,"(...)Tudo permanece/como num quadro de memória (...)", quando se guarda o quinhão de luz que nos coube e se cuida dele como se fosse eterno. E o leitor, perante a ferida aberta de uma porta que se fecha "inesperadamente", depara-
    -se com a poesia.
    Os temas do abandono e da separação, temas bastante recorrentes na literatura, estão muito presentes na prosa e na poesia da Bel. E ela sempre os tratou, com a clareza e precisão que caracterizam a sua escrita e sem insuflar gás lacrimogéneo nas palavras.

    Desejando que muitos leitores tenham já saboreado o teu "Vinho Branco - Safra Especial de Contos e Crônicas" , lançado no dia 9 do mês em curso, deixo aqui os meus parabéns e um grande abraço.

    Maria João Oliveira

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  2. Como adoro ler suas análises, querida Maria JOão. Um dia vou saber escrever bem que nem vc!
    Mil bjsssssssssss

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